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Fungos como do gênero aspergillus são encontrados nas placas, provavelmente vindos do óleo mineral contaminado usado para sobreposição das gotas do meio de cultura. São fungos ambientais contaminantes do ar os gêneros aspergillus e penicillium. 14 Em medicina reprodutiva existe risco significativo de contaminação cruzada durante a criopreservação de gametas ou embriões. Em estudo de revisão, conclui‐se que há um risco negligenciado de contaminação cruzada em condições de FIV.15 Encontrou‐se relação

entre infertilidade e vírus da hepatite C em um grupo de casais inférteis, com prevalência de 3,2% para as mulheres e 3,6% para os homens,16 que pode ser transmitida de uma mulher para outra pela contaminação transvaginal por equipamentos ou dos pais para o concepto. Recomendou‐se que pacientes inférteis fossem rastreados antes de submetidos DAPT a técnicas de reprodução assistida. Kastrop et al. (2007)14 mTOR inhibitor descrevem incidência de 0,67% de contaminação nos LRH europeus. A amostra envolveu

mais de 13.000 casos.14 Um estudo de prevalência no Brasil encontrou 4,8% de contaminação nas placas por bactérias e fungos, considerando a contaminação como fator de contribuição do fracasso em reprodução assistida.17 Com a prevalência de contaminação conhecida e com os gêneros identificados, poder‐se analisar a interferência desta sobre o sucesso da reprodução assistida, pois o tipo de contaminação parece variar os resultados. Autores também divergem em seus resultados. most Candida albicans aumentou a fragmentação do DNA e apoptose, danos que podem ter causado fracasso após a fertilização. 19 Outros autores relatam que nascimentos após a transferência de embriões inseridos em meios contaminados com leveduras ocorrem dentro das taxas normais de freqüência para reprodução assistida,

concluindo que a contaminação pelo fungo não é razão para cancelar a transferência de embriões. 11 A primeira consequência observada, quando contaminados com patógenos, está na redução da formação de embriões viáveis para transferência. Os embriões podem não sobreviver nas primeiras clivagens, apresentar teratogenia, ou simplesmente não conseguirem implantar no útero. Também podem ocorrer síndromes que comprometam a saúde fetal, trazendo a possibilidade de aumento de natimortos, prematuridade, ou nascimento de conceptos pequenos para a idade gestacional, descritos em estudos com bovinos onde a fertilização assistida é amplamente utilizada.18 Em outra vertente, existe o risco de infectar o organismo materno, com consequências temporárias ou definitivas. Os procedimentos de controle de qualidade devem ser sempre atualizados para minimizar esses riscos, já que a contaminação pode ser vertical (dos progenitores para o embrião), ou lateral (de uma mulher para outra).

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